Arquivo da Categoria: Repovoamento de Zonas de Caça

A Quinta dos Penedinhos, Lda. tem recebido inúmeros pedidos de aconselhamento de membros recém-eleitos para a presidência da direcção de zonas de caça de norte a sul do país sobre as acções a tomar para a realização de um repovoamento eficaz de perdiz vermelha. Saiba mais

Repovoamento de Inverno com Perdiz Vermelha

Chegou a Hora do Repovoamento de Inverno! E agora?

Todos os anos, depois do encerramento da Geral, chovem telefonemas de associações, quase sempre no primeiro ano de mandato, que pretendem comprar perdizes para realizar o repovoamento de inverno.

O mesmo volta a acontecer em fins de fevereiro ou início de março, coincidindo com o fim da caça às aves migratórias: tordos, pombos, narcejas, galinholas, etc.

Ora, meus amigos, lamento dizer-vos que vêm tarde demais! E a seguir explico porquê.

O repovoamento de inverno é realizado, por norma, com casais de perdizes com uma idade média nunca inferior a 40 semanas, i.e., as perdizes a colocar no terreno para os efeitos acima indicados deverão ter nascido, o mais tardar, em março ou abril do ano anterior!

Assim sendo, se eu pretender realizar uma ação de repovoamento com perdiz vermelha no inverno de 2024, devo, para tal, guardar as perdizes para o fim desejado que nascerem em março ou abril de 2023.

Uma perdiz vermelha da nossa criação

A Quinta dos Penedinhos é especialista em repovoamentos de zonas de caça, contando com estratégias e técnicas inovadoras, que resultam na criação de espécies cinegéticas com qualidades excecionais.

Planeie o Repovoamento de Inverno com um Ano de Antecedência

Ora, daqui resulta, para já, um conselho para todas as direções das zonas de caça que desejem realizar quaisquer ações de repovoamento com perdiz vermelha no inverno de 2024: 

Contactem um criador de confiança (!) e peçam-lhe para vos guardar as perdizes necessárias para o desejado repovoamento. 

A reserva das perdizes deverá ser feita, o mais tardar, até fins de maio deste ano (2023); ao negociar o preço de aquisição das perdizes para entrega a partir de fins de dezembro de 2023, tenham em consideração que o respetivo custo deverá prever a guarda (alimentação, tratamento, mortes, etc.) das perdizes por um período mais longo, i.e., cerca de 4 meses, em relação à idade recomendada de venda para as ações normais de repovoamento de outono destinadas à caça.

Porquê escolher um criador de confiança para o Repovoamento de Inverno?

Pela simples razão de que o criador deverá garantir a entrega de perdizes com uma idade nunca inferior a 40 semanas, a partir de fins de dezembro de 2023; isto é, deverá respeitar o compromisso assumido de entregar perdizes que terão nascido em março ou abril de 2023.

Aqui chegados, pergunto: Os meus amigos são capazes de distinguir uma perdiz com 24 semanas de idade de outra com 40 semanas? Temo que não.

Porque é que devem contactar um criador, o mais tardar, até fins de maio deste ano (2023)?

Pela simples razão de que, regra geral, as primeiras perdizes a serem vendidas para as ações de repovoamento de verão, a partir de fins de maio (2023) ou início de junho (2023) são aquelas que nasceram primeiro, ou seja, em março ou abril do mesmo ano (2023). Estamos a falar, obviamente, de perdigotos com uma idade em redor das 10 – 12 semanas.

Chegados aqui, espero que os meus amigos tenham compreendido porque é que não podemos pensar no repovoamento de inverno só em janeiro ou fevereiro do próprio ano. E muito menos em março!

Volto a sublinhar a importância de planear o repovoamento de inverno de um ano (2024) com pelo menos 8 meses de antecedência (abril 2023).

E não esqueçam… O repovoamento tem inúmeras especificidades, pelo que o mais recomendado é solicitar uma consultoria a um produtor ou criador qualificado.

A Quinta dos Penedinhos presta apoio na preparação de projetos de repovoamento, através dos respetivos serviços de consultoria. Consulte-nos!

Um Repovoamento Eficaz é uma Questão Estratégica

O processo de repovoamento não se pode limitar à criação de espécies em cativeiro e à sua libertação nas zonas de caça, sem que exista uma estratégia que garanta a adaptação das espécies ao novo habitat e a sua sobrevivência.

Para isso, nada melhor que contar com a ajuda de especialistas em repovoamento de zonas de caça.

Para saber mais sobre a importância e a natureza desta e doutras ações de repovoamento, consulte diversos artigos subordinados ao tema Repovoamento em Quinta dos Penedinhos.

Saber mais sobre Repovoamento

4 Fatores que tem de Saber antes do Repovoamento de Zonas de Caça

A gestão cinegética destina-se a melhorar o habitat das espécies, promovendo um desenvolvimento racional e sustentável das mesmas.

No entanto, existem fatores que podem conduzir a uma redução da população de animais, sendo o repovoamento de caça a solução ideal para repor o equilíbrio.  

Saiba porque é que o repovoamento é tão importante e quais os seus fatores de sucesso.

A Importância do Repovoamento de Caça para a Atividade Cinegética

Nos últimos anos, e devido a alguns fatores de desequilíbrio entre o Homem e a Natureza, verificou-se uma diminuição no número de exemplares de algumas espécies de caça.

Como resposta, o repovoamento de caça tem-se revelado uma solução sustentável, que permite recuperar as populações em risco de extinção, assegurando a sua fixação e reprodução nos locais a repovoar.

4 Fatores importantes para o Repovoamento de Caça 

O repovoamento deve considerar, de forma integrada e eficiente, todos os elementos necessários à sua execução.

1. Caracterização da Zona

Antes do repovoamento deve ser feita uma avaliação da zona a repovoar, incidindo, fundamentalmente, nos seguintes aspetos:

  • Existência de pontos de água de qualidade;
  • Condições para a instalação de abrigos;
  • Existência de culturas que garantam alimento;
  • Predominância de predadores.

2. Estratégia de Repovoamento

O processo de repovoamento não se pode limitar à criação de espécies em cativeiro e à sua libertação nas zonas de caça, sem que exista uma estratégia que garanta a adaptação das espécies ao novo habitat e a sua sobrevivência.

Para isso, nada melhor que contar com a ajuda de especialistas em repovoamento de zonas de caça.

3. Preparação da Zona

Preparar a zona a repovoar, significa criar as melhores condições de adaptação ao novo habitat e favoráveis à sobrevivência e reprodução das espécies.

Pontos-Chave a considerar:

  • Escolher os melhores locais para construção de abrigos;
  • Definir as necessidades de instalação de bebedouros e comedouros;
  • Limpar os terrenos em redor dos abrigos, dos bebedouros e dos comedouros.

4. Fatores Críticos de Sucesso

A eficácia do repovoamento depende de 4 fatores críticos. São eles:

Abrigo

O papel dos abrigos é fundamental na adaptação das espécies à zona a repovoar.

Eles deverão ter as seguintes características:

  • Construção semi-rústica;
  • Possuir arejamento e sombra;
  • Ter acesso fácil a alimentação e água;
  • Estar afastados de predadores.

Água

A abundância de água de qualidade, em nascentes ou charcas, e o seu acesso em diferentes pontos da propriedade é fundamental.

É também importante efetuar análises à água, caso se verifique o uso de pesticidas na agricultura local.

Alimentação

A escassez de alimento pode ser um problema, sobretudo no verão.

Por isso, é importante dar preferência ao cultivo de trigo e milho de sequeiro, com colheita tardia, garantindo alimento às espécies, durante mais tempo.

Ausência de Perturbação

A maioria das espécies cinegéticas é sensível a agentes perturbadores, que devem ser evitados.

São eles:

  • Presença constante de gado;
  • Elevada predação;
  • Uso abusivo de agro-químicos;
  • Corte de arbustos e feno, sobretudo na época de nidificação.

Um Repovoamento eficaz é uma Questão de Estratégia

O repovoamento tem inúmeras especificidades, pelo que o mais recomendado é solicitar uma consultoria a um produtor ou criador qualificado.

A Quinta dos Penedinhos é especialista em repovoamentos de zonas de caça, contando com estratégias e técnicas inovadoras, que resultam na criação de espécies cinegéticas com qualidades excecionais.

Prestamos apoio na preparação de projetos de repovoamento, através dos nossos serviços de consultoria. Venha conhecer a Quinta dos Penedinhos.

Atenção à Qualidade da Água! Em Qualquer Acção de Repovoamento

A época do repovoamento das zonas de caça está a chegar.

A Quinta dos Penedinhos possui uma larga experiência neste campo e desenvolveu para o efeito um modelo designado Mosaico Estratégico abrangendo os cinco principais factores críticos de sucesso: Abrigo, Água, Alimentação, Animais e Ausência de Perturbação.

Neste artigo, vamos debruçar-nos sobre a questão da Água.

Como sabem, 75% do corpo dos animais corresponde a água. Daí que a abundância e a qualidade da água, bem como a facilidade do acesso à mesma, em qualquer acção que inclua o maneio e/ou criação de animais, é de primordial importância.

Neste sentido, costumamos recomendar aos nossos clientes que os locais de solta se localizem, preferencialmente, próximo dos pontos de água (barragens, charcas, ribeiros, linhas de água, etc.), evitando a construção e a manutenção, incluindo a limpeza, de bebedouros.

Todavia, chamamos a atenção dos responsáveis pelas acções de repovoamento das zonas de caça para um aspecto muito importante (cada vez mais!) e que tem que ver com a qualidade da água disponível nas referidas zonas proveniente de barragens, charcas, ribeiros, e até dos próprios furos se a água dos bebedouros for tirada daqueles.

Chegados aqui, importa questionar a qualidade da água das barragens, das charcas, dos ribeiros e dos furos? E porquê? Porque, como sabem, hoje em dia, toda a actividade agrícola utiliza pesticidas e estes poderão contaminar a água, não só das referidas barragens, charcas e ribeiros, bem como dos aquíferos subterrâneos e bem assim dos furos de captação de águas subterrâneas.

Em face do exposto, se a zona de caça onde pretendem realizar o repovoamento tiver actividade agrícola recorrendo à utilização de pesticidas, recomendamos que antes do repovoamento procedam à recolha de amostras da água de cada uma das barragens, charcas, ribeiros e furos e mandem analisar o teor bacteriológico das mesmas.

A nossa experiência diz-nos que muitas acções de repovoamento são mal sucedidas devido à má qualidade da água, inclusive da água proveniente de furos pelas razões acima indicadas.

Em caso de dúvidas não hesitem em contactar-nos através do número de telemóvel 91 456 36 61 ou do e-mail quinta.dos.penedinhos@gmail.com.

Acção de Repovoamento de uma Zona de Caça com Perdiz Vermelha

Acção de Repovoamento de uma Zona de Caça com Perdiz Vermelha

Um exemplo a seguir

1.
Caracterização da Zona de Caça

A zona de caça objecto deste artigo situa-se na zona oeste do país, no concelho de Sintra.

A referida zona de caça tem uma área aprox. de 600 hectares, grande parte da qual encontra-se localizada numa extensa planície, no meio da qual existe uma
charca natural de grande dimensão.

A reserva em questão caracteriza-se por ser uma zona plana, muito soalheira, possuindo inúmeras valas de água, muito sujas de mato, pouco arborizada e com
terrenos relativamente húmidos.

7 6A maior parte da zona de caça está localizada em terrenos que integram a Reserva Agrícola Nacional, predominando aí a agricultura do trigo e do milho.

Gostaríamos de chamar a atenção para uma realidade muito importante: o facto da agricultura nos terrenos que integram a zona de caça ser de sequeiro, leva
a que as cearas de trigo sejam colhidas apenas em fins de Julho, proporcionando abrigo e excelentes condições de nidificação à perdiz; já a cultura do
milho, prolongando-se pelos meses de Agosto e Setembro, proporciona complementarmente abrigo à perdiz; ambas as culturas – trigo e milho – depois de
colhidas, acabam ainda por proporcionar, desfasadas no tempo – outro aspecto positivo – alimentação à perdiz.

A maior parte da zona de caça é circundada por estradas relativamente movimentadas de viaturas. Esta situação, caracterizada por condições de ruído
constantes, quer diurnas, quer nocturnas, prejudica qualquer acção de repovoamento, pois uma das condições para o respectivo sucesso é a ausência de
perturbação. Com efeito, a direcção da referida zona de caça pôde constatar, inicialmente, uma grande dificuldade na fixação das perdizes objecto da
primeira acção de repovoamento no Verão. Confrontados com este problema, os serviços técnicos da Qta. dos Penedinhos propuseram à direcção da zona de caça,
no verão de 2015, a utilização de uma técnica para fixação das perdizes que adiante descreveremos em pormenor, com resultados obtidos bastante positivos.

2.
Estratégia de Repovoamento

A associação que gere a referida zona de caça, de há quatro anos para cá, tem mantido a mesma estratégia de repovoamento anual, com excelentes resultados
como adiante veremos.


O repovoamento tem-se caracterizado por duas acções principais: a primeira, realizada no Verão, nos meses de Junho e Julho; a segunda (reforço),
realizada sensivelmente a meio da época de caça, i.e. em Novembro.

Na primeira acção, o repovoamento é efectuado com perdizes com 14 semanas de idade.

Na segunda acção, ou reforço, as perdizes soltas no terreno são já adultas
.

É importante realçar o seguinte aspecto: As primeiras perdizes soltas no verão com 14 semanas, i.e. 3 meses de idade, atingirão a maturidade sexual
passados 7 meses, ou seja, estarão preparadas para acasalar (e nidificar) a partir de Fevereiro do ano seguinte.

Claro está que, para isso, terão de ter sobrevivido à época de caça. Mas também não é menos verdade que a solta das segundas perdizes a meio da época de
caça aumentará a probabilidade de sobrevivência das primeiras, mais bravas e adaptadas ao terreno e, assim, com maior capacidade de fuga.

Outro aspecto não menos importante reside no facto das perdizes soltas durante a época de caça com uma idade média presumível de 5 meses, só atingirem a
maturidade sexual em Abril ou Maio do ano seguinte; estas perdizes já não acasalarão, nem nidificarão!


1 5Referimos, no capítulo anterior, a dificuldade verificada pela associação relativa à fixação das primeiras perdizes provocada pelo ruído das viaturas
que circulam nas estradas que circundam a zona de caça. Por forma a ultrapassar este problema, os serviços técnicos da Qta. dos Penedinhos recomendaram
a instalação, em cada ponto de solta, de um perdigão adulto enjaulado com o propósito de “chamar” constantemente o bando de perdizes para junto de si
e, assim, melhorar o nível de fixação, tanto das perdizes recém-libertadas, como das restantes adultas.

3.
Preparação da Zona de Caça

Antes da largada das perdizes no terreno, foi feito um planeamento cuidadoso de um conjunto de acções com vista a assegurar às futuras aves:

a) as melhores condições de abrigo;

b) a disponibilidade de água e de alimento;

c) as melhores condições de fixação (ausência de perturbação).

Os abrigos escolhidos e instalados pela associação foram os do tipo rústico, “amigos” do ambiente , económicos e fáceis de montar.

Junto aos abrigos, e protegidos por malha sol, foram colocados comedouros (garrafão invertido) e bebedouros de campo.

Próximo dos pontos de solta foram, por fim, instaladas as jaulas com os perdigões adultos.

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No que respeita ao nível de perturbação das perdizes, refira-se a existência de predadores terrestres – saca-rabos, gatos semi-bravos, ginetes – e aéreos –
águias – . De resto, como já se viu, por se tratar de uma zona eminentemente agrícola, a perturbação das perdizes pelo Homem é relativamente reduzida. A
maior fonte de perturbação reside, de facto, no ruído das viaturas à volta da zona de caça.

4.
Factores Críticos de Sucesso (FCS)

 

4.1.
Nível de Integração de Abrigo, Água, Alimentação e Ausência de Perturbação.

Tratando-se de uma zona predominantemente agrícola, com trigo e milho de sequeiro, rasgada por inúmeras valas de água muito sujas de mato, a direcção da
zona de caça optou, a nosso ver muito bem, pelo aproveitamento do referido mato para proporcionar o abrigo indispensável às perdizes recém-introduzidas.

Chamamos a atenção do leitor para o facto da disposição das culturas, entrecortadas pelas valas sujas de mato, apresentar a forma de um mosaico [1], tal como sempre temos defendido.

Outro aspecto não menos importante reside no facto das referidas culturas de trigo e milho, sendo de sequeiro, serem colhidas tardiamente: o trigo no final
de Julho, princípio de Agosto; e o milho no final de Setembro. Estas circunstâncias acabam por ter um efeito positivo no abrigo e na alimentação das
perdizes, tanto das que foram soltas no verão, como nas adultas que terão transitado de anos anteriores.

Chegados aqui, urge sublinhar a importância das referidas culturas e da respectiva disposição em forma de mosaico para a conclusão bem sucedida do processo
de reprodução (nidificação) das perdizes adultas, incluindo o abrigo, a alimentação e a água abundantes, indispensáveis também para o desenvolvimento dos
perdigotos.

Outra decisão, que merece o nosso elogio, foi a selecção dos locais para a introdução dos comedouros e dos bebedouros. Com efeito, os comedouros, bem como
os bebedouros, foram colocados na orla das sementeiras, próximos das sebes junto às valas, que hão-de servir de abrigo às perdizes, e protegidos do sol.

Por forma a minimizar a perturbação decorrente dos predadores e do ruído das viaturas, e maximizar a fixação das perdizes jovens e adultas, a direcção da
zona de caça seguiu a nossa sugestão de colocar em cada ponto de solta estratégicamente selecionado um perdigão adulto numa gaiola.

5.
Resultados.


Em fins de Julho de 2016 foram contabilizados 14 casais de Perdiz Vermelha acompanhados de um total de 87 perdigotos com uma idade média estimada de 8
semanas.

A contagem revelou um casal com apenas 2 perdigotos (mínimo) e um casal com 10 perdigotos (máximo).

Este números revelam uma média de 6,2 perdigotos por casal.

 

6.
Considerações Finais.

Em face do exposto, devemos chamar a atenção dos leitores para a forma sistemática como se vêm implantando, de há 4 anos para cá, no terreno a Alimentação
(zonas semeadas) e o Abrigo (mato rasteiro), i.e. em forma de mosaico: sementeiras separadas por orlas de mato.

Devemos enaltecer também o facto da referida zona de caça ter conseguido obter um bom nível de integração dos principais factores críticos de sucesso de
uma acção de repovoamento: Abrigo, Água, Alimentação e Ausência de Perturbação.

Tudo isto é muito importante e necessário para o sucesso de qualquer acção de repovoamento com Perdiz Vermelha. Mas não é suficiente, pois se a qualidade
das perdizes – traduzida na maior ou menor capacidade de sobrevivência em condições ambientais naturais – que se colocam no terreno não fôr boa, o
repovoamento poderá ser um fracasso.

As perdizes da Quinta dos Penedinhos têm-se revelado de superior qualidade nas acções de repovoamento em que têm participado, porque:

a) Evidenciam uma pureza e bravura genética notável desde os primeiros dias;

b) Estão habituadas, desde muito cedo, ao consumo de diversos cereais;

c) Estão habituadas, desde as primeiras semanas, a um tipo de comedouro muito económico e fácil de instalar em qualquer zona de caça: garrafão de plástico
invertido.

d) Permanecem, a partir das 12 semanas, nos parques de voo, habituando-se a enfrentar todas as condições meteorológicas por mais adversas que sejam.

Estes procedimentos garantem uma excelente adaptação das nossas perdizes às condições naturais de qualquer zona de caça.


2Para além de tudo o que atrás referimos, importa por fim realçar a importância da estratégia de repovoamento adoptada em dois tempos, a saber: uma
primeira solta de perdizes no verão (junho-julho) e um ou vários reforços durante a época de caça (Outubro-Novembro).

A terminar, queremos manifestar os nossos agradecimentos à Direcção do Clube de Caçadores da Freguesia de Colares pela confiança depositada na Quinta do
Penedinhos e pela disponibilização de fotos e de informações sobre a acção de repovoamento levada a cabo.

Quinta dos Penedinhos, 24 de Agosto de 2016

A Direcção.

 


[1]
Defendemos o repovoamento baseado no Mosaico Estratégico, um modelo desenvolvido pela Qta. dos Penedinhos.

Acção de Repovoamento da ZCT da Herdade do Cabido Grande com Perdiz Vermelha – Parte II

1. Introdução. Esta acção de repovoamento teve lugar no passado dia 04 de Setembro de 2014. As perdizes foram fornecidas pela Quinta dos Penedinhos com uma idade média de 15 semanas. Estas perdizes atingiram a idade adulta por ocasião da abertura da caça a esta espécie no dia 05 de Outubro p.p.. A reserva em questão caracteriza-se, resumidamente, por ser uma zona de planalto, com muita água disponível (duas barragens) e bem distribuída, muito soalheira, com pouco mato rasteiro, bem arborizada (sobreiros e azinheiras) e com terrenos enxutos, incluindo ainda zonas adstritas a culturas de regadio. Sob a supervisão do Director Técnico da Quinta dos Penedinhos, a ZCT logrou um bom nível de integração da Alimentação (comedouros), do Abrigo (semi-rústico), e da Água (barragens). Já quanto ao nível de perturbação, a prevalência de predadores aéreos (águias), bem como a presença constante do gado (ovino e bovino), constituem motivos de preocupação. Finalizada a largada das perdizes no terreno, e em face do exposto, colocaram-se, desde logo, um conjunto de questões: Como se comportariam as perdizes da Quinta dos Penedinhos utilizadas na presente acção de repovoamento relativamente à sua capacidade de adaptação às condições ambientais da zona de caça? Que resultados poderíamos esperar relativamente à integração destas perdizes com as perdizes silvestres existentes na reserva, formando bandos mistos? 2.  Resultados obtidos. Nada melhor do que transcrever os testemunhos da Direcção da própria ZCT:   2.1. Apoio Técnico «Felicito a Quinta dos Penedinhos e o seu director Carlos Magro pelo seu empenho e profissionalismo, tanto na qualidade das perdizes e do apoio técnico, como também pelo seu interesse nos resultados do repovoamento.»    2.2. Adaptação das Perdizes «As perdizes estão lindas, comem nos restolhos naturais e estão bem integradas.» «E em acção de caça mostram um comportamento esquivo e uma capacidade de voo que os caçadores tanto apreciam.»   2.3. Nível de Perturbação  «Constatamos a perda de alguns exemplares por predação, difícil de quantificar, mas pouco relevante.»   2.4. Integração das Perdizes com as Nativas «As perdizes integraram-se com alguns exemplares nativos…»   2.5. Apreciação Global «Considero que factores como a qualidade genética das aves, a idade aconselhada, o bom maneio em cativeiro, a boa técnica de solta e as condições óptimas no terreno com restolhos e água abundantes favoreceram o sucesso desta acção.» «… faço uma apreciação global de excelente.»  «E porque a competência deve ser reconhecida: o nosso bem haja.»    3.      Considerações Finais Estas perdizes atingiram a idade adulta por ocasião da abertura da caça a esta espécie no passado dia 05 de Outubro de 2014 e, muito provávelmente, as perdizes que sobreviverem à referida época de caça, acasalarão e nidificarão. Convém notar, no entanto, que a agricultura intensiva que é praticada, a existência de gado e a distância das barragens existentes não abonam nada a favor da sobrevivência dos ninhos, nem dos perdigotos que, não obstante, venham a eclodir. Além do mais, a própria canalização da água a céu aberto poderá constituir uma armadilha perigosa para os perdigotos recém-nascidos, provocando o seu afogamento. Tudo isto é muito importante e necessário para o sucesso de qualquer acção de repovoamento com Perdiz Vermelha. Mas não é suficiente, pois se a qualidade das perdizes – traduzida na maior ou menor capacidade de sobrevivência em condições ambientais naturais – que se colocam no terreno não fôr boa, o repovoamento poderá ser um fracasso. As perdizes da Quinta dos Penedinhos têm-se revelado de superior qualidade nas acções de repovoamento em que têm participado, porque: a)      Evidenciam uma pureza e bravura genética notável desde os primeiros dias; b)      Estão habituadas, desde muito cedo, ao consumo de diversos cereais; c)       Estão habituadas, desde as primeiras semanas, a um tipo de comedouro muito económico e fácil de instalar em qualquer zona de caça: garrafão de plástico invertido. d)      Permanecem, a partir das 12 semanas, nos parques de voo, habituando-se a enfrentar todas as condições meteorológicas por mais adversas que sejam.  Estes procedimentos garantem uma excelente adaptação das nossas perdizes às condições naturais de qualquer zona de caça. A terminar, queremos manifestar uma vez mais os nossos agradecimentos à Direcção da ZCT da Herdade do Cabido Grande pela confiança depositada na Quinta do Penedinhos quanto à acção de repovoamento levada a cabo.   Quinta dos Penedinhos, 08 de Outubro de 2014 A Direcção.

Acção de Repovoamento de uma Zona de Caça com Perdiz Vermelha

Um caso a seguir…

1. Caracterização da Zona de Caça A zona de caça objecto deste artigo situa-se no Alentejo, no concelho de Arraiolos. Está implantada numa propriedade com ca. de 1.700 ha. A reserva dispõe de duas barragens e de um sistema de canalização da água a céu aberto para as culturas de regadio distribuído por toda a propriedade.

Durante os trabalhos fomos acompanhados de perto por uma lebre cheia de curiosidade…

Para além das zonas adstritas às culturas de regadio (milho), a propriedade apresenta zonas de montado (sobreiros e azinheiras) relativamente limpas de mato. A reserva em questão caracteriza-se, resumidamente, por ser uma zona de planalto, com muita água disponível e bem distribuída, muito soalheira, com pouco mato rasteiro, bem arborizada e com terrenos enxutos. 2. Preparação da Zona de Caça Antes da largada das perdizes no terreno, haviam sido implementadas já um conjunto de acções com vista a assegurar às perdizes actualmente existentes as melhores condições de abrigo, alimento e água. É disponibilizado trigo em comedouros estratégicamente situados e próximos das barragens. Os comedouros estão protegidos por malha-sol para protecção contra o gado. A disponibilidade de água está naturalmente garantida pela existência de duas barragens e diversas canalizações de água a céu aberto.
Abrigo construído com aproveitamento da malha-sol, à sombra de um eucalipto e próximo da barragem, sob a supervisão do Director-Técnico da Qta. dos Penedinhos.

Abrigo construído com aproveitamento da malha-sol, à sombra de um eucalipto e próximo da barragem, sob a supervisão do Director-Técnico da Qta. dos Penedinhos.

A intervenção do pessoal técnico da Quinta dos Penedinhos consistiu: i)        Na determinação dos melhores locais para construção dos abrigos; ii)      Na supervisão da construção dos abrigos (semi-rústicos), bem como da respectiva protecção com malha-sol contra o gado; iii)     No aconselhamento sobre o tipo mais eficiente de comedouros e bebedouros.
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Abrigo semi-rústico construído sob a supervisão do Director-Técnico da Quinta dos Penedinhos, completamente integrado no ambiente.

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Abertura das tampas das caixas das perdizes por um elemento da Direcção da zona de caça.
Junto ao abrigo foi colocado um comedouro sob aforma de garrafão de plástico invertido; as perdizes da Qta. dos Penedinhos estão habituadas, desde as primeiras semanas, a este tipo de comedouro, muito prático e económico.

3.   Factores Críticos de Sucesso (FCS) 3.1 Matéria-Prima: As nossas perdizes
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As perdizes são fornecidas em caixas de cartão especialmente concebidas para este tipo de acções.

A presente acção de repovoamento, i.e. a largada das perdizes no terreno, foi realizada no passado dia 04 de Setembro de 2014 ao longo do dia. As perdizes foram fornecidas pela Quinta dos Penedinhos com uma idade média de 15 semanas. Estas perdizes atingirão a idade adulta por ocasião da abertura da caça a esta espécie no próximo dia 05 de Outubro de 2014. 3.2. Nível de Integração de Abrigo, Água, Alimentação e Ausência de Perturbação. Tratando-se de uma zona com uma grande quantidade de gado, a direcção da zona de caça optou, a nosso ver muito bem, pela protecção dos abrigos, incluindo os respectivos comedouros e bebedouros, com malha-sol e, nalguns casos, pelo aproveitamento da mesma para proporcionar o abrigo indispensável às perdizes recém-introduzidas. Outra decisão, que merece o nosso elogio, foi a selecção dos locais para a implantação dos abrigos. Com efeito, a maior parte destes foi colocada na orla das barragens. Os que se situavam mais distantes dos pontos de água foram equipados com bebedouros de campo servidos de água a partir de depósitos de 30 litros. 4. Considerações Finais Em face do exposto, devemos chamar a atenção dos leitores para a forma integrada como foram dispostos no terreno a Alimentação (comedouros), o Abrigo (semi-rústico), e a Água (barragens). Já quanto ao nível de perturbação, a prevalência de predadores aéreos (águias), bem como a presença constante do gado (ovino e bovino), constituem motivos de preocupação. Outro aspecto que nos merece um reparo é o facto da introdução das perdizes no terreno ter sido realizada ao longo do dia. Aconselhamos sempre os nossos clientes a realizar esta operação ao anoitecer, por forma a facilitar e a aumentar o período de fixação das aves no local. Neste caso, o que aconteceu foi, como era de esperar, que as perdizes colocadas de manhã, já não se encontravam nos abrigos ao final da tarde, correndo-se o risco das aves ficarem muito cedo expostas aos predadores e à perturbação da passagem do gado, inviabilizando a sua fixação ao local. Com efeito, a Direcção da zona de caça pôde observar nesse mesmo dia, ao final da tarde, a predação de uma perdiz por uma águia. Estas perdizes atingirão a idade adulta por ocasião da abertura da caça a esta espécie no próximo dia 05 de Outubro de 2014 e, muito provávelmente, as perdizes que sobreviverem à referida época de caça, acasalarão e nidificarão. Convém notar, no entanto, que a agricultura intensiva que é praticada, a existência de gado e a distância das barragens existentes não abonam nada a favor da sobrevivência dos ninhos, nem dos perdigotos que, não obstante, venham a eclodir. Além do mais, a própria canalização da água a céu aberto poderá constituir uma armadilha perigosa para os perdigotos recém-nascidos, provocando o seu afogamento. Tudo isto é muito importante e necessário para o sucesso de qualquer acção de repovoamento com Perdiz Vermelha. Mas não é suficiente, pois se a qualidade das perdizes – traduzida na maior ou menor capacidade de sobrevivência em condições ambientais naturais – que se colocam no terreno não fôr boa, o repovoamento poderá ser um fracasso. As perdizes da Quinta dos Penedinhos têm-se revelado de superior qualidade nas acções de repovoamento em que têm participado, porque:

  • Evidenciam uma pureza e bravura genética notável desde os primeiros dias;
  • Estão habituadas, desde muito cedo, ao consumo de diversos cereais;
  • Estão habituadas, desde as primeiras semanas, a um tipo de comedouro muito económico e fácil de instalar em qualquer zona de caça: garrafão de plástico invertido.
  • Permanecem, a partir das 12 semanas, nos parques de voo, habituando-se a enfrentar todas as condições meteorológicas por mais adversas que sejam.

Estes procedimentos garantem uma excelente adaptação das nossas perdizes às condições naturais de qualquer zona de caça. Vamos ver, no futuro, o que aconteceu nesta acção de repovoamento? Terão as perdizes da Quinta dos Penedinhos revelado desde o início da presente acção de repovoamento uma excelente capacidade de adaptação às condições ambientais da zona de caça intervencionada? Como terá sido a integração destas perdizes com as perdizes silvestres existentes na reserva, formando bandos mistos? A terminar, queremos manifestar os nossos agradecimentos à Direcção da ZCT da Herdade do Cabido Grande pela confiança depositada na Quinta do Penedinhos quanto à acção de repovoamento levada a cabo. Quinta dos Penedinhos, 08 de Setembro de 2014 A Direcção. Fotografias by Martim Magro (Biólogo).

Acção de Repovoamento de Zona de Caça com Perdizes Vermelhas

Um Caso Emblemático

1. Caracterização da Zona de Caça repovoamento de perdizes vermelhas 1A zona de caça objecto deste artigo situa-se na zona litoral do país, entalada entre o mar a poente e a serra a nascente. A confrontação com o mar faz-se através de arribas íngremes e rochosas. Do outro lado, a serra, integra um Parque Natural, caracterizando-se por uma zona de mato virgem, muito denso, e muitas árvores frondosas e de grande porte fazendo demasiada sombra. A reserva em questão caracteriza-se, assim, por ser uma zona de planalto, relativamente plana, muito soalheira, cheia de mato rasteiro, pouco arborizada e com terrenos enxutos. Tratando-se de uma zona litoral, a construção de casas está muito limitada e as que existem, sejam casas isoladas, lugares, vilas ou aldeias, situam-se do lado da serra. A agricultura nesta região é praticamente inexistente. 2. Preparação da Zona de Caça Antes da largada das perdizes no terreno, foi feito um planeamento cuidadoso de um conjunto de acções com vista a assegurar às futuras aves: a) as melhores condições de abrigo; b) a disponibilidade de água e de alimento; c) a mínima perturbação. Relativamente ao abrigo, foi decidido tirar o melhor partido do mato existente. repovoamento de perdizes vermelhas 2Contudo, impunha-se reduzir bastante a densidade do referido mato. Para o efeito, foram realizadas em primeiro lugar desmatagens seguidas de sementeiras diversificadas de cereais. Os terrenos objecto das referidas acções de desmatagem seguida de sementeira estão dispostos em forma de mosaico, nas orlas dos quais subsiste o mato original. Além das referidas acções levadas a cabo para receber as perdizes, outras acções da mesma natureza estão planeadas, nomeadamente, desmatagem através de queimadas controladas nas encostas e outras sementeiras de cereais. repovoamento de perdizes vermelhas 3Entretanto, enquanto as sementeiras não dão frutos, é disponibilizado alimento composto por diversos cereais em comedouros estrategicamente situados e próximos dos bebedouros. No que respeita ao nível de perturbação das perdizes, refira-se a prevalência de predadores aéreos, nomeadamente as águias; situação difícil de controlar por se tratar de uma reserva colada a um Parque Natural com condições excepcionais para o desenvolvimento da referida espécie. De resto, como já se viu, por se tratar de uma zona sem agricultura e onde a construção de casas está muito limitada, a perturbação das perdizes pelo Homem é muito reduzida. 3. Factores Críticos de Sucesso (FCS) 3.1. Matéria-Prima: As nossas perdizes. repovoamento de perdizes vermelhas 4A presente acção de repovoamento, i.e. a largada das perdizes no terreno, foi realizada no passado dia 16 de Dezembro de 2013 ao final da tarde. As perdizes foram fornecidas pela Quinta dos Penedinhos com uma idade média de 40 semanas. As perdizes da Quinta dos Penedinhos revelaram desde o início da presente acção de repovoamento uma excelente capacidade de adaptação às condições ambientais da zona de caça intervencionada. Além disso, assistiu-se ainda a uma boa integração destas perdizes com as perdizes silvestres existentes na reserva, formando bandos mistos. 3.2. Nível de Integração de Abrigo, Água, Alimentação e Ausência de Perturbação. repovoamento de perdizes vermelhas 5Tratando-se de uma zona com uma densidade muito grande de mato rasteiro, a direcção da zona de caça optou, a nosso ver muito bem, pelo aproveitamento do mesmo para proporcionar o abrigo indispensável às perdizes recém-introduzidas. De seguida, e por forma a prover o alimento necessário, a direcção desta reserva já fez diversas sementeiras de cereais, tendo inclusivamente planeadas outras sementeiras para os próximos meses. Relativamente a este aspecto, devemos sublinhar a forma como foram dispostas as sementeiras já realizadas: em forma de mosaico. Outra decisão, que merece o nosso elogio, foi a selecção dos locais para a introdução dos comedouros e dos bebedouros. Com efeito, os comedouros, bem como os bebedouros, foram colocados na orla das sementeiras, próximos das sebes que hão-de servir de abrigo às perdizes, e protegidos do sol. A este respeito devemos sublinhar a importância da proximidade dos bebedouros das zonas semeadas para evitar a desidratação dos perdigotos nos meses de Verão. Outro aspecto não menos importante é a protecção dos bebedouros por forma a evitar a morte por afogamento dos perdigotos nos primeiros dias de vida. Relativamente ao actual nível de perturbação das perdizes, caracterizado fundamentalmente pela existência de muitas águias oriundas do Parque Natural contíguo à zona de caça, a concretização do plano de sementeiras conduzirá, no curto prazo, a uma interacção mínima com o Homem de todo desejável. 4. Considerações Finais repovoamento de perdizes 6Em face do exposto, devemos chamar a atenção dos leitores para a forma estratégica como foram dispostos no terreno a Alimentação (zonas semeadas) e o Abrigo (mato rasteiro), i.e. em forma de mosaico: sementeiras separadas por orlas de mato. Devemos enaltecer também o facto de como a direcção da referida zona de caça conseguiu obter, desde já, um bom nível de integração dos principais factores críticos de sucesso de uma acção de repovoamento: Abrigo, Água, Alimentação e Ausência de Perturbação. Após a finalização, a curto prazo, do plano de desmatagem e das sementeiras, é de prever a obtenção de um superior nível de integração dos referidos FCS. Tudo isto é muito importante e necessário para o sucesso de qualquer acção de repovoamento com Perdiz Vermelha. Mas não é suficiente, pois se a qualidade das perdizes – traduzida na maior ou menor capacidade de sobrevivência em condições ambientais naturais – que se colocam no terreno não fôr boa, o repovoamento poderá ser um fracasso. As perdizes da Quinta dos Penedinhos têm-se revelado de superior qualidade nas acções de repovoamento em que têm participado, porque: a) Evidenciam uma pureza e bravura genética notável desde os primeiros dias; b) Estão habituadas, desde muito cedo, ao consumo de diversos cereais; c) Estão habituadas, desde as primeiras semanas, a um tipo de comedouro muito económico e fácil de instalar em qualquer zona de caça: garrafão de plástico invertido. d) Permanecem, a partir das 12 semanas, nos parques de voo, habituando-se a enfrentar todas as condições meteorológicas por mais adversas que sejam. Estes procedimentos garantem uma excelente adaptação das nossas perdizes às condições naturais de qualquer zona de caça. Foi o que aconteceu em mais este caso. A terminar, queremos manifestar os nossos agradecimentos à Direcção do Clube de Caçadores da Freguesia de Colares pela confiança depositada na Quinta do Penedinhos e pela disponibilização de fotos e de informações sobre a acção de repovoamento levada a cabo. Quinta dos Penedinhos, 27 de Janeiro de 2014 A Direcção.

Repovoamento com Perdiz Vermelha: Um Caso de Sucesso!

Repovoamento de Zonas de Caça – Perdiz Vermelha (caça menor)

Descrevemos a seguir uma acção de repovoamento de Perdiz Vermelha realizada com êxito e que contou com o nosso apoio técnico.

O referido plano de repovoamento iniciou-se com uma visita do cliente à nossa exposição local de abrigos para efeitos de repovoamento.

perdiz vermelhaNesta visita mostrámos ao cliente diversas opções de abrigos, vantagens e desvantagens de uns e outros, por forma a que o cliente, considerando o habitat da propriedade a repovoar, estivesse em condições de decidir-se pelo abrigo mais adequado. Com efeito, o cliente acabou por decidir-se pela construção de abrigos rústicos vulgarmente designados por choças.

Junto aos referidos abrigos foram colocados bebedouros e comedouros à imagem dos que utilizamos no nosso centro cinegético nos pré-parques e nos parques de voo, para assegurar que as perdizes objecto do repovoamento não estranham os mesmos, contribuindo, assim, para a sua mais fácil adaptação ao meio.

Também a alimentação disponibilizada nos comedouros é composta basicamente por cereais, uma vez que as nossas perdizes já vêm, desde os pré-parques, habituadas a eles.

Relativamente à existência e intensidade de predadores, refira-se que a propriedade em questão se encontra vedada, sendo invadida, frequentemente, única e exclusivamente por gatos vadios, habituados a caçar de emboscada, com sucesso, todo o tipo de aves: pombos-torcazes, rolas, perdizes, etc.

perdiz vermelha - repovoamentoEm face destas circunstâncias e depois de uma descrição do referido habitat feita pelo cliente, as nossas recomendações, em matéria de localização dos referidos abrigos, foram no sentido de construí-los em zonas elevadas, limpas de mato e afastadas o mais possível dos limites da propriedade. Recomendações essas que foram, desde logo, aceites pelo cliente.

Depois de concluídos os trabalhos de construção dos referidos abrigos e a limpeza das zonas circundantes dos mesmos, procedemos à colocação das perdizes no campo em caixas desenvolvidas por nós para o efeito.

As perdizes comportaram-se como estávamos à espera: não se espantaram, adaptaram-se e fixaram-se muito bem ao meio envolvente. 

E por lá continuam a desfrutar do seu novo habitat, em plena liberdade e comunhão com a natureza, para gáudio dos homens que as avistam de vez em quando, e que as ouvem cantar…

Eis um exemplo emblemático de uma acção bem sucedida de repovoamento de Perdiz Vermelha, realizada com o nosso apoio técnico.

Saiba mais sobre repovoamento de zonas de caça e sobre perdiz vermelha, e visite-nos em www.quintadospenedinhos.com

Repovoamento de Zonas de Caça com Perdiz Vermelha

A Quinta dos Penedinhos, Lda. tem recebido inúmeros pedidos de aconselhamento de membros recém-eleitos para a presidência da direcção de zonas de caça de norte a sul do país sobre as acções a tomar para a realização de um repovoamento eficaz de perdiz vermelha. Naturalmente que nesta matéria, como em tantas outras, não existe uma verdade absoluta. Todavia, a experiência adquirida ao longo do tempo, bem como o sucesso obtido nos repovoamentos já realizados, leva-nos a admitir que o nosso sistema de repovoamento de perdiz vermelha é acertado. Com o objectivo de ajudar os amantes da caça em geral e, em especial, da perdiz vermelha, nomeadamente todos aqueles que nos têm levantado questões àcerca do repovoamento desta espécie cinegética, aqui ficam as nossas recomendações, vídeos e fotografias.

Apoio Técnico

No âmbito da actividade de repovoamento das zonas de caça com perdiz vermelha a nossa sociedade presta o apoio técnico caracterizado por:

Abrigo Premium

Abrigo Premium

a)      Ajuda na escolha dos melhores locais (santuários) para a colocação dos abrigos; b)      Auxílio na caracterização e protecção dos abrigos; c)       Ajuda na caracterização dos bebedouros e comedouros; d)      Apoio em:
Abrigo Rústico

Abrigo Rústico

  • na definição das culturas a fazer;
  • nos procedimentos de limpeza do terreno em redor dos abrigos;
  • nos procedimentos de controlo da qualidade da água das charcas e das barragens;
  • na definição da natureza da alimentação a disponibilizar às perdizes;
  • na definição de um plano de tratamento profiláctico das perdizes;
  • Outros a definir caso a caso.

e)      Recomendação da idade mais adequada das perdizes para o efeito desejado.

Abrigo Elementar

Abrigo Elementar

Relativamente aos abrigos, remetemos os interessados para os vídeos que realizámos por ocasião da inauguração da nossa 1ª Exposição de Abrigos de Repovoamento de Perdiz Vermelha que teve lugar no passado dia 27-07-2013. No que diz respeito aos comedouros – os que aparecem nos vídeos acima referidos – queremos chamar a atenção dos interessados para o facto de utilizarmos os mesmos, entre outros, desde os pré-parques até aos parques de voo. Desta maneira garantimos a adaptação das nossas perdizes aos comedouros que igualmente recomendamos sejam utilizados nos repovoamentos.

Chamamos a atenção dos interessados para a importância da colocação de bebedouros junto aos abrigos, independentemente da existência de charcas ou barragens nas proximidades, até pela simples razão de os mesmos poderem ser utilizados, desde logo, na profilaxia das perdizes recém-introduzidas. Em relação aos outros temas abrangidos pelo nosso apoio técnico queremos sublinhar um aspecto muitas vezes esquecido nas acções de repovoamento: o controlo da qualidade da água das charcas e das barragens; no sentido de garantir o respectivo teor de pureza aceitável para as perdizes. Por último, gostaríamos de tecer algumas considerações a propósito da idade adequada das perdizes para repovoamento. A determinação da idade mais adequada das perdizes para repovoamento depende de um vasto conjunto de factores, mas de uma maneira geral podemos dizer que quanto mais adversas (muitos predadores aéreos e terrestres, muito mato cerrado, poucas culturas de cereais, reduzido número de charcas e barragens, etc.) e, por isso mais exigentes, forem as condições ambientais do repovoamento, deve optar-se pela introdução de perdizes mais adultas. As perdizes mais adultas, possuindo uma maior compleição física e capacidade de voo, estarão menos expostas aos predadores e conseguirão superar com maior facilidade as condições mais adversas de alimentação e água existentes. Pelo contrário, quanto mais favoráveis (poucos predadores, pouco mato, variadas culturas de cereais, grande número de charcas e barragens, etc.) forem as condições ambientais do repovoamento, poderá optar-se pela introdução de perdizes mais jovens. As perdizes mais jovens, não tendo tanto treino de voo como as mais adultas, e possuindo uma compleição física mais reduzida, estarão mais expostas aos predadores e exigirão, por outro lado, uma maior disponibilidade de alimentação mais rica em proteínas e vitaminas, uma vez que são aves numa fase mais atrasada de crescimento. Estas é de uma forma sumária a nossa visão para o sucesso da actividade do repovoamento com perdiz vermelha. Não pretendemos que seja a última palavra sobre o tema. Antes desejamos que a mesma seja apenas mais uma achega na busca da melhor solução para os amantes da natureza, da caça e da perdiz vermelha.

Repovoamento de Zonas de Caça

Caça Menor – Perdiz Vermelha

Perdiz VermelhaInauguramos no próximo dia 26 de Julho de 2013 uma exposição in sito (no campo) de diversos tipos de abrigo de Perdiz Vermelha, providos dos respectivos bebedouros e comedouros, que poderá ser visitada pelos nossos estimados clientes em dia e hora a combinar. Pretendemos com esta iniciativa reforçar o apoio técnico que prestamos aos nossos clientes na área de repovoamento da Perdiz Vermelha. Durante a visita à exposição poderá ser apreciado o nosso sistema integrado de abeberamento e alimentação desde os pré-parques até às zonas de repovoamento. O objectivo do referido sistema integrado de abeberamento e alimentação é assegurar uma adaptação progressiva das perdizes em cativeiro aos meios de alimentação e bebida que encontrarão mais tarde nas zonas de repovoamento. Tanto os abrigos, como os bebedouros e comedouros utilizados, poderão ser construídos e instalados com muita facilidade na futura zona de repovoamento sendo, além do mais, relativamente baratos.

Saiba mais sobre Repovoamento em www.quintadospenedinhos.com