Quinta dos Penedinhos faz o balanço da caça e da produção da perdiz vermelha e coelho bravo

Depois de ter concluído o projeto de duplicação da sua capacidade produtiva inicial, a Quinta dos Penedinhos, localizada em Sintra, fechou o ano de 2023, com a produção de cerca de 30 mil perdizes vermelhas e 360 coelhos bravos. Um resultado que, de acordo com o diretor Carlos Magro, reflete o compromisso da quinta com a qualidade.

Um belo exemplar de perdiz vermelha

Produção de perdizes vermelhas e de coelhos bravos: Excelência sempre foi a meta

A empresa, que se dedica à criação das duas espécies cinegéticas de caça-menor mais procuradas em Portugal: o coelho bravo (Oryctolagus Cuniculus Algirus) e a perdiz vermelha (Alectoris Rufa), sempre procurou diferenciar-se pela qualidade.

“A criação de caça de qualidade superior sempre foi o nosso objetivo, desde o início da atividade da quinta”, recorda Carlos Magro. No entanto, para atingir a excelência da produção, o diretor afirma que foi necessário romper com os procedimentos tradicionais de criação de perdizes.

“Estabelecemos critérios mais exigentes na seleção dos efetivos reprodutores e respetivos ovos, incluindo um maneio diferenciado dos perdigotos em sala”, afirma o diretor, acrescentando que “foram construídos parques de voo maiores, tanto em altura, como em comprimento”. Tudo isto apoiado “num sistema de gestão da qualidade, devidamente documentado, e focado na criação das melhores perdizes”, conclui Carlos Magro.

A excelência das perdizes vermelhas já é conhecida entre o principal público-alvo da Quinta dos Penedinhos que são as associações e clubes de caçadores, zonas de caça associativas ou municipais, gestores e/ou proprietários de zonas de caça turísticas. Prova disso são os testemunhos dos caçadores que atestam a sua satisfação com as perdizes vermelhas. A plumagem, a cor, a bravura e, sobretudo, a superior capacidade de voo são algumas das características apontadas e que contribuem para uma melhor experiência de caça.

A Quinta dos Penedinhos conta, ainda, com inúmeras ações de largada e de repovoamento de perdizes vermelhas, que têm reunido muitas opiniões positivas, como a de Eduardo Soares, presidente do Clube de Caça e de Pesca de Boavista dos Pinheiros, em Odemira. “A solta realizada em outubro foi espetacular em todos os sentidos. Boas perdizes, bons tiros, enfim, um bom dia de caça!”, recorda o caçador.

Coelhos bravos em perfeita sintonia com a Natureza

Saber mais sobre os coelhos bravos da Quinta dos Penedinhos

A Caça em Portugal e o impacto nas perdizes vermelhas

De acordo com Carlos Magro, 2023 ficou marcado por uma diminuição significativa da produção global da perdiz vermelha que pode ser explicada por “graves problemas de ordem sanitária e pelo encerramento definitivo de diversos criadores, nomeadamente nas zonas Centro e Oeste do país”.

No entanto, de acordo com o diretor da Quinta dos Penedinhos, trata-se de um problema de fundo que, nos últimos anos, tem prejudicado a caça em Portugal, caracterizado por diversos factores, apontando a destruição crescente e sistemática do habitat da perdiz vermelha e do coelho bravo, como uma das principais razões.

Saber mais sobre as perdizes vermelhas da Quinta dos Penedinhos

“O Alentejo, outrora considerado o celeiro de Portugal, caracterizava-se pelas infindáveis searas de trigo (de sequeiro). Hoje em dia, o que vemos? Olivais (super)intensivos, vinhas e amendoais”, recorda Carlos Magro, sublinhando que “a perdiz vermelha gosta de nidificar nas searas de trigo onde encontra a sombra, a comida e a proteção contra os predadores terrestres e aéreos”.

Para além da destruição dos habitats naturais da perdiz vermelha e do coelho bravo, o diretor aponta ainda as práticas de agricultura intensiva e recorre à sabedoria popular para explicar a segunda razão da queda da população das perdizes vermelhas.

“Lá diz o povo: Pelo S. João, eles (perdigotos) aí vão!. Quer isto dizer que, de uma maneira geral, a eclosão dá-se em maio/ junho de cada ano”, afirma. E acrescenta que “hoje em dia, é habitual vermos grandes ceifeiras debulhadoras em ação por essa altura, destruindo e matando tudo o que estiver no seu caminho”, o que contrasta com os hábitos de outros tempos. “Quem não se lembra de, noutros tempos, em que o trigo era apanhado à mão por ranchos enormes de homens e mulheres, quando encontravam algum ninho com ovos, desviavam-se?”, recorda o diretor da Quinta dos Penedinhos.

As perdizes apresentam uma robustez física impressionante

Saber mais sobre os perdigotos da Quinta dos Penedinhos

Para Carlos Magro, outra das razões é o “abandono crescente dos minifúndios e da emigração para o litoral, deixando o interior abandonado, à mercê do crescimento descontrolado do mato e, bem assim, dos predadores de diferentes espécies”.

A este respeito, o diretor da Quinta dos Penedinhos elogia “o esforço que tem sido desenvolvido pelas associações de caçadores e pelos gestores e/ou proprietários de zonas de caça turísticas, um pouco por todo o país” para reverter esta situação, dando como exemplo “a desmatação dos solos e o cultivo de searas destinadas à recuperação e fixação das espécies cinegéticas”, como a perdiz vermelha e o coelho bravo.

Para concluir as principais razões que explicam a queda na população de perdizes vermelhas, Carlos Magro toca, ainda, na ferida aberta pelas ideologias anti-caça que “tentam afastar os jovens desta atividade e fazer prevalecer a vontade de uma minoria sobre a da maioria”.

Falar com a Quinta dos Penedinhos

O futuro da caça e das perdizes vermelhas em Portugal

Apesar das dificuldades apontadas que “têm influenciado inexorável e negativamente a atividade da caça no nosso país”, Carlos Magro acredita num futuro risonho para esta atividade, fruto dos “esforços desenvolvidos pelas associações de caçadores e pelos gestores e/ou proprietários de zonas de caça turísticas acima indicados, bem como pelos criadores de caça em cativeiro, de que a Quinta dos Penedinhos se orgulha de pertencer”, afirma.

O diretor da Quinta dos Penedinhos aproveita para realçar a importância económica da caça para Portugal. “A caça tem um papel redistributivo da riqueza das regiões do litoral para as do interior”, afirma, dando como exemplo “as deslocações de caçadores em número crescente do litoral para o interior, o que contribui, desde sempre, para o desenvolvimento económico-social do interior, nomeadamente, os setores da hotelaria e da restauração”.

Além disso, Carlos Magro relembra ainda “o impacto positivo da caça na nossa balança de trocas com o exterior”, através da”vinda crescente a Portugal de caçadores de origem estrangeira (da UE e não só), promovendo, também, os setores da hotelaria, mormente de turismo rural, e da restauração e dos vinhos, entre tantos outros”.

Os coelhos bravos são velozes e enérgicos

Para que esta atividade seja tratada como merece, o diretor da Quinta dos Penedinhos defende que “a caça seja considerada como um pilar adicional no projeto de ordenamento do território nacional”. Para isso, Carlos Magro dá como soluções:

  • Promover a desmatação controlada dos terrenos, realizada pelos proprietários dos terrenos integrantes das zonas de caça e/ou pelas associações de caçadores, entre outros; diminuindo, assim, significativamente, o volume de combustível acumulado nos terrenos e, bem assim, diminuindo o risco de grandes incêndios.
  • Voltar a atrair para a atividade um número crescente de caçadores, promovendo o desenvolvimento, no centro e interior do país, dos setores da hotelaria, do turismo rural, da restauração, dos vinhos, do artesanato, entre outros.
  • Captar para a atividade um número crescente de caçadores estrangeiros (da UE e não só), promovendo a melhoria da nossa balança de trocas com o exterior, bem como acelerar o desenvolvimento dos setores acima indicados, contribuindo para o ressurgimento de novas oportunidades de emprego e de negócio, rejuvenescimento e fixação da população nas regiões centro e interior do país, invertendo desta forma a tendência de desertificação observada nas referidas regiões.
  • Incentivar a substituição do mato por culturas propiciadoras de alimentação para as espécies cinegéticas, procurando recriar os respetivos habitats naturais.
  • Criar condições para o desenvolvimento sustentável das espécies cinegéticas em harmonia com o meio ambiente, isto é, o seu habitat natural.
  • Construir um sistema que se auto-alimenta, isto é, melhor ambiente, menos fogos, melhores habitats naturais, mais caça, mais caçadores, maior desenvolvimento económico e social das regiões menos favorecidas (até hoje!), novas e melhores oportunidades de emprego e de negócio, rejuvenescimento da população, zero desertificação(!), entre outros.

O futuro da Quinta dos Penedinhos e da criação de perdizes e coelhos bravos

Para 2024, e face às atuais condições económicas, a Quinta dos Penedinhos não pondera quaisquer investimentos que levem a um aumento significativo da sua capacidade produtiva das perdizes vermelhas. No entanto, a produção anual dos coelhos bravos poderá crescer em função do aumento dos efetivos reprodutores.

“Continuaremos a esforçar-nos para exceder as expetativas dos caçadores mais exigentes, quer em matéria de repovoamentos, quer em matéria de largadas”, afirma Carlos Magro, assegurando que “o mercado poderá continuar a contar com a grande experiência e competência dos colaboradores da Quinta dos Penedinhos”.

Para saber mais sobre a criação de perdizes vermelhas e de coelhos bravos, fale com a Quinta dos Penedinhos. Poderá também conhecer a quinta, através da marcação prévia de uma visita.

Falar com o diretor da Quinta dos Penedinhos, Carlos Magro

Repovoamento de Inverno com Perdiz Vermelha

Chegou a Hora do Repovoamento de Inverno! E agora?

Todos os anos, depois do encerramento da Geral, chovem telefonemas de associações, quase sempre no primeiro ano de mandato, que pretendem comprar perdizes para realizar o repovoamento de inverno.

O mesmo volta a acontecer em fins de fevereiro ou início de março, coincidindo com o fim da caça às aves migratórias: tordos, pombos, narcejas, galinholas, etc.

Ora, meus amigos, lamento dizer-vos que vêm tarde demais! E a seguir explico porquê.

O repovoamento de inverno é realizado, por norma, com casais de perdizes com uma idade média nunca inferior a 40 semanas, i.e., as perdizes a colocar no terreno para os efeitos acima indicados deverão ter nascido, o mais tardar, em março ou abril do ano anterior!

Assim sendo, se eu pretender realizar uma ação de repovoamento com perdiz vermelha no inverno de 2024, devo, para tal, guardar as perdizes para o fim desejado que nascerem em março ou abril de 2023.

Uma perdiz vermelha da nossa criação

A Quinta dos Penedinhos é especialista em repovoamentos de zonas de caça, contando com estratégias e técnicas inovadoras, que resultam na criação de espécies cinegéticas com qualidades excecionais.

Planeie o Repovoamento de Inverno com um Ano de Antecedência

Ora, daqui resulta, para já, um conselho para todas as direções das zonas de caça que desejem realizar quaisquer ações de repovoamento com perdiz vermelha no inverno de 2024: 

Contactem um criador de confiança (!) e peçam-lhe para vos guardar as perdizes necessárias para o desejado repovoamento. 

A reserva das perdizes deverá ser feita, o mais tardar, até fins de maio deste ano (2023); ao negociar o preço de aquisição das perdizes para entrega a partir de fins de dezembro de 2023, tenham em consideração que o respetivo custo deverá prever a guarda (alimentação, tratamento, mortes, etc.) das perdizes por um período mais longo, i.e., cerca de 4 meses, em relação à idade recomendada de venda para as ações normais de repovoamento de outono destinadas à caça.

Porquê escolher um criador de confiança para o Repovoamento de Inverno?

Pela simples razão de que o criador deverá garantir a entrega de perdizes com uma idade nunca inferior a 40 semanas, a partir de fins de dezembro de 2023; isto é, deverá respeitar o compromisso assumido de entregar perdizes que terão nascido em março ou abril de 2023.

Aqui chegados, pergunto: Os meus amigos são capazes de distinguir uma perdiz com 24 semanas de idade de outra com 40 semanas? Temo que não.

Porque é que devem contactar um criador, o mais tardar, até fins de maio deste ano (2023)?

Pela simples razão de que, regra geral, as primeiras perdizes a serem vendidas para as ações de repovoamento de verão, a partir de fins de maio (2023) ou início de junho (2023) são aquelas que nasceram primeiro, ou seja, em março ou abril do mesmo ano (2023). Estamos a falar, obviamente, de perdigotos com uma idade em redor das 10 – 12 semanas.

Chegados aqui, espero que os meus amigos tenham compreendido porque é que não podemos pensar no repovoamento de inverno só em janeiro ou fevereiro do próprio ano. E muito menos em março!

Volto a sublinhar a importância de planear o repovoamento de inverno de um ano (2024) com pelo menos 8 meses de antecedência (abril 2023).

E não esqueçam… O repovoamento tem inúmeras especificidades, pelo que o mais recomendado é solicitar uma consultoria a um produtor ou criador qualificado.

A Quinta dos Penedinhos presta apoio na preparação de projetos de repovoamento, através dos respetivos serviços de consultoria. Consulte-nos!

Um Repovoamento Eficaz é uma Questão Estratégica

O processo de repovoamento não se pode limitar à criação de espécies em cativeiro e à sua libertação nas zonas de caça, sem que exista uma estratégia que garanta a adaptação das espécies ao novo habitat e a sua sobrevivência.

Para isso, nada melhor que contar com a ajuda de especialistas em repovoamento de zonas de caça.

Para saber mais sobre a importância e a natureza desta e doutras ações de repovoamento, consulte diversos artigos subordinados ao tema Repovoamento em Quinta dos Penedinhos.

Saber mais sobre Repovoamento

Bem-Estar e Segurança Alimentar – Perdizes e Coelhos

  1. Naquele tempo ainda não havia caça (perdizes) de cativeiro.


Naquele tempo ainda não havia caça (perdizes) de cativeiro. Estávamos no final da década de 60 do século passado.

Perdiz vermelha, da nossa criação


Eu, os meus pais e a minha avó tínhamos deixado a casa principal da família em Salvaterra do Extremo e dirigíamo-nos para uma casa de campo na freguesia de Toulões. A primeira parte do caminho (15 km) já era alcatroado; correspondia à E.N. que ligava Salvaterra do Extremo a Castelo Branco. A partir de certa altura tínhamos de deixar a E.N. e entrar num caminho de terra batida (textualmente!), impróprio para viaturas ligeiras de passageiros, até chegar à dita casa de campo.


Neste caminho, o pó que o carro levantava era tanto que, ou fechávamos as janelas e sofríamos com o calor (naquele tempo ainda não havia AC nos carros!), ou abríamos as janelas e sofríamos com o pó apesar de costumarmos colocar um lenço a tapar o nariz e a boca tipo assaltantes dos filmes de cowboy. Eram ca. de 15 km de “suplício” que durava aprox. 45 minutos, até chegarmos ao paraíso (casa).


Estávamos no Verão. O meu pai conduzia, a minha avó ia no lugar do “morto”, eu e a minha mãe atrás. Estávamos a menos de 5 km de casa; à nossa esquerda havia uma charca grande e o campo, de um lado e outro do caminho, enchia-se de velhos e frondosos sobreiros e searas de trigo. Eis senão oiço o meu pai e a minha avó em uníssono «Olha uma perdiz! E uma ninhada de perdigotos atrás!».


A minha mãe e eu debruçámo-nos de imediato sobre o banco da frente para admirarmos aquele quadro. A perdiz e os seus perdigotos tinham cruzado o caminho da esquerda para a direita à frente do nosso carro e num ápice deixámos de os ver “embrulhados” no meio da seara de trigo.


Decorridos mais de 50 anos desde este episódio, lembro-me como se fosso hoje, a alegria estampada nos rostos e na voz do meu pai e da minha avó ao avistar aquela perdiz com a sua ninhada.


Do lado paterno, descendo de uma família oriunda da zona da raia, de Salvaterra do Extremo, Concelho de Idanha-A-Nova, Distrito de Castelo Branco. O meu tetra-avô terá sido original de Cáceres e veio a estabelecer-se em S. do Extremo onde casou com uma senhora portuguesa.


Seguramente por isso, ainda me lembro de ter ido com o meu pai visitar uns primos na aldeia do lado de lá do rio Erges (afluente do Tejo) chamada Zarza-LA-Mayor. Zarza fica a ca. de 5 km a pé de Salvaterra. No verão, atravessava-se, já nessa altura, por levar pouca água, o rio Erges (que faz fronteira entre Portugal e Espanha) a salto.


Foi o que fizemos, eu e o meu pai, num daqueles dias de verão, para ir visitar os primos espanhóis. Demorámos 1 hora para lá chegar e outro tanto para regressar a Salvaterra. Ficámos por lá algum tempo a refrescarmo-nos com uma coca-cola genuína (naquele tempo, não havia coca-cola à venda em Portugal!) e um belo presunto pata negra acompanhado dos famosos “picos”.


E assisti a uma manifestação de verdadeira amizade e carinho entre os primos espanhóis e o meu pai e saudades de tempos idos por ocasião das festas da Zarza que atraíam gente de todo o lado.


A partir de determinada altura, a minha avó, nascida em Castelo Branco, e tendo vivido a sua mocidade em Salvaterra do Extremo, veio para Lisboa “a reboque” do marido, oficial de Cavalaria, e já na companhia de dois filhos adolescentes: o meu pai e o meu tio.


Naquele tempo ainda não havia caça (perdizes) de cativeiro.
Em Lisboa, para uma família de não-caçadores, comer uma perdiz de escabeche era um luxo muito apetecível, tanto mais para uma família oriunda da província, sempre acostumada a esta iguaria.


Lembro-me das perdizes penduradas no alpendre da entrada das melhores charcutarias de Lisboa. Lembro-me de fazer questão de acompanhar a minha mãe na compra das perdizes. E havia sempre quem não torcesse o nariz a depená-las e eviscerá-las. A receita das perdizes de escabeche da minha avó tem seguramente raízes espanholas… É deliciosa! Hei-de divulgá-la noutra ocasião.


Lembro-me de estar à mesa à espera das perdizes e ouvir a minha avó avisar: cuidado com os chumbos!


Quando olho para trás, acho tudo isto espantoso, lindo, genuino. O bem-estar e a segurança alimentar doutros tempos… Que saudades!

2. E hoje em dia, o que acontece?


Atualmente, onde a caça de cativeiro (perdizes e outros) é uma realidade incontornável, o bem-estar dos animais criados em cativeiro, bem como a segurança alimentar são temas que merecem o devido destaque e respeito.


Em conversa há uns tempos atrás (estávamos em plena pandemia do COVID-19) com um cliente da zona do Vimieiro, contou-me ele que havia organizado uma montaria aos javalis (no âmbito da política de controle de densidade desta espécie) e que a maioria dos caçadores participantes não tinha levado consigo as peças que lhes estavam por direito reservadas; ou por não saber, ou não querer esfolá-las e eviscerá-las, ou por desconfiança da qualidade da carne.


Esta situação colocou-lhe desde logo o problema de se livrar das carcaças dos animais em tempo útil por forma a evitar o desperdício daquela quantidade significativa de carne de boa qualidade. Imagino que situações deste tipo devem acontecer frequentemente noutras partes do país.


O mesmo acontece com frequência na caça às perdizes; muitos caçadores oferecem as peças abatidas pelas mesmas razões supra referidas.


Contudo, também conheço o caso de uma zona de caça próxima de Borba devidamente organizada onde os javalis abatidos em noites de espera são imediatamente esfolados, eviscerados, sangrados e devidamente esquartejados, embalados e colocados em frio para posterior transporte pelos caçadores.
Estou em crer que não será caso único e que também situações deste tipo deverão proliferar no país. Recordo-me, ainda, de participar num petisco de coelho bravo frito em azeite com alho e coentros caçado nessa madrugada: Que delícia! Neste caso, impera, sem dúvida, a confiança na qualidade da carne dos animais caçados. Um exemplo a ser seguido!

Javalis caçados na própria noite


A Quinta dos Penedinhos, ciente da importância destes temas, procurou, desde sempre, desenvolver e implementar métodos de criação adaptados às duas espécies de caça-menor – coelho bravo e perdiz vermelha – focados, entre outros, no bem-estar e na qualidade e sabor da carne dos animais.


Com efeito, procedemos ao controlo diário da qualidade das rações e dos cereais que adquirimos. Já por si adquiridos a empresas (algumas multinacionais) de primeira categoria. Procedemos ao tratamento e controlo sistemático da qualidade da água de bebida dos animais. Asseguramos uma higienização diária e apropriada das instalações, incluindo dos terrenos afetos à criação das perdizes.


No que diz respeito à criação dos animais, procuramos minimizar a administração de medicamentos, nomeadamente de antibióticos, salvaguardando sempre os prazos de segurança definidos nas respetivas fichas técnicas, assim como procuramos atingir níveis de densidade animal aceitáveis, assegurando o bem-estar dos mesmos.
Procedemos, ainda, à desparasitação periódica dos animais.

Todos estes procedimentos são devidamente registados e integram o sistema de qualidade da nossa firma. Todas estas ações são superiormente supervisionadas pelo veterinário assistente da exploração.

Novos parques de voo; mais parecem verdadeiras pistas de aviação


Em face do exposto, estamos em crer que os animais criados na Quinta dos Penedinhos satisfazem, de uma maneira geral, os melhores padrões de bem-estar animal e segurança alimentar na ótica dos consumidores/caçadores, refletidos, desde logo, na qualidade e sabor da carne do coelho bravo e da perdiz vermelha.


Para mim, que me lembro bem do sabor de uma perdiz do tempo em que não havia caça (perdizes) de cativeiro, quando provo uma perdiz adulta(!), nascida e criada na Quinta dos Penedinhos, não sinto grande diferença! Só mesmo a falta dos chumbos!


O mesmo digo dos coelhos.


Sintra, 17 de Agosto de 2022.

Quinta dos Penedinhos: perdiz vermelha e coelho bravo de excelência para os caçadores mais exigentes e muito mais

Localizada em plena Reserva Ecológica Natural do concelho de Sintra, a Quinta dos Penedinhos dedica-se à criação das espécies cinegéticas mais procuradas em Portugal: a perdiz vermelha (Alectoris Rufa) e o coelho bravo (Oryctolagus Cuniculus Algirus). 

Situada num local com condições naturais privilegiadas, a Quinta dos Penedinhos apostou na primazia da qualidade das suas infraestruturas e construiu um centro cinegético, um conjunto de instalações que visam, sobretudo, garantir a melhoria contínua da qualidade da sua produção.

Neste artigo apresentamos o que distingue a criação da Quinta dos Penedinhos e os serviços que pode usufruir para valorizar a sua zona de caça.

Centro Cinegético: onde as perdizes vermelhas e os coelhos bravos nascem e se desenvolvem 

A estrutura do centro cinegético da Quinta dos Penedinhos foi pensada para dar resposta a diferentes necessidades relacionadas com a criação do coelho bravo e da perdiz vermelha. O investimento traduziu-se no aumento gradual da produção, mas também numa maior qualidade dos animais aí criados, fruto de uma gestão exigente e rigorosa.

No caos da perdiz vermelha, entre as diferentes estruturas do centro cinegético, destacam-se:

Parques dos Reprodutores

Aqui, os reprodutores estão em jaulas apropriadas, com todas as condições, inclusivé ambientais, ideais para assegurar um bom acasalamento e postura. 

Salas de Incubação e Eclosão

Localizadas no interior do centro, é neste local que é feito o maneio dos ovos, desde a sua seleção e desinfeção até à eclosão dos perdigotos, com incubações semanais, durante a época de postura.

Salas de Criação

Neste espaço, os perdigotos usufruem das melhores condições para que possam desenvolver-se de uma forma saudável, tornando-se num excelente desafio de caça até para os caçadores mais experientes.

Parques de Voo

É aqui, nestes parques, alguns com cerca de 160 metros de comprimento, 6,5 metros de largura e 3 metros de altura, que as perdizes desenvolvem as suas capacidades de voo e mostram o que valem. É nestes corredores que a qualidade das perdizes da Quinta do Penedinhos começa a despontar e assume a forma de produto acabado com voos  longos e bem delineados, cuja excelência ganha contornos ainda mais evidentes nas zonas de caça, em especial nos respetivos  campos de treino (lagadas). 

Perdizes vermelhas e coelhos bravos: uma criação de qualidade superior

Inserida numa região vocacionada para a criação da caça brava, a Quinta dos Penedinhos focou a sua produção em duas espécies de caça-menor: o coelho bravo e a perdiz vermelha. Saiba como é realizada a criação destes animais:

A criação da Perdiz Vermelha

No caso da perdiz vermelha, a criação é feita, uma parte no exterior e outra parte no interior, no centro cinegético da Quinta dos Penedinhos. A recolha dos ovos dá-se durante a época de postura, que ocorre entre fevereiro e julho de cada ano. 

Cumprindo um conjunto de exigências que garantem a qualidade das criações, os ovos são selecionados, desinfetados, incubados e, após a eclosão, os pintos de perdiz vermelha são colocados em salas próprias para que possam desenvolver-se. Quando atingem a idade apropriada, são transferidos para os parques de voo, local onde vão treinar e aprimorar as suas capacidades de voo. 

A concluir a duplicação da capacidade de produção, a Quinta dos Penedinhos estima atingir as 25 mil perdizes por ano em 2023. Neste momento, a produção de perdizes situa-se na ordem das 20 mil perdizes por ano.

Características da perdiz vermelha da Quinta dos Penedinhos

Ao longo dos anos, a Quinta dos Penedinhos tem vindo a assegurar a bravura das suas perdizes vermelhas, através dos seus parques de voos, que são dos maiores do país, bem como através da minimização do contacto humano. 

A criação do Coelho Bravo

O ciclo de reprodução do coelho bravo acontece entre outubro e junho de cada ano, atingindo o seu pico no mês de abril. 

Na Quinta dos Penedinhos, a criação do coelho bravo faz-se em regime extensivo, no exterior, no centro cinegético, onde os reprodutores são mantidos em parques murados. Sempre que há novas ninhadas, os láparos são apanhados, vacinados e sexados e, depois com 2 a 3 meses de idade, estão disponíveis para venda.

Neste momento, a Quinta dos Penedinhos apresenta uma capacidade de produção de 500 coelhos bravos por ano.

Características do coelho bravo da Quinta dos Penedinhos

A Quinta dos Penedinhos replica nos seus parques as condições naturais em que os coelhos bravos vivem e se reproduzem, o que lhes garante, só por si, uma genética pura.

Gestão Técnica: a garantia de qualidade das perdizes vermelhas e dos coelhos bravos

A experiência e o conhecimento adquiridos permitiu à Quinta dos Penedinhos desenvolver um modelo de gestão técnica que tem vindo a garantir a qualidade superior da sua produção.

Ao longo dos anos, os caçadores que recorrem à Quinta dos Penedinhos têm testemunhado o apuramento da qualidade das perdizes vermelhas que resulta no refinamento de 3 principais características:

  • Bravura;
  • Capacidade Voo;
  • Robustez Física.

No âmbito da sua atividade, são prestados um conjunto de serviços que visam responder às necessidades dos caçadores. Além de fornecer perdizes vermelhas e coelhos bravos, a Quinta dos Penedinhos tem à sua disposição:

Serviço de Consultoria Estratégica e Operacional

Neste serviço, as zonas de caça podem usufruir de um aconselhamento e planeamento especializados para assegurar um eficaz repovoamento numa perspetiva de médio e longo prazo. 

Através de um modelo próprio, a Quinta dos Penedinhos, em conjunto com os gestores das zonas de caça, identifica dentro das reservas os melhores locais para a solta dos animais, incluindo a construção dos pontos de solta, e os períodos do ano em que deve ser feita a solta dos animais no âmbito das ações de repovoamento.

Construção dos pontos de solta

Os pontos de solta devem incluir sempre um comedouro e um bebedouro (opcional), sendo por isso a sua correta construção um dos fatores-chave para o sucesso do repovoamento de uma zona de caça. Além do comedouro e do bebedouro (opcional), os pontos de solta devem ser construídos com materiais específicos e em locais estratégicos, servindo de proteção contra os ataques súbitos dos predadores, tanto por via terrestre, como por via aérea.

Mas estes são apenas alguns dos requisitos que um bom ponto de solta deve cumprir. Existe uma forma correta de construir os referidos pontos de solta e a Quinta dos Penedinhos sabe como fazê-lo.

Se procura perdizes vermelhas e coelhos bravos de qualidade ou precisa de consultoria estratégica e operacional, fale connosco. Temos o conhecimento e a experiência necessários para alavancar o sucesso da sua zona de caça.

A Importância do Repovoamento de Perdiz Vermelha no Outono

O repovoamento de perdiz vermelha no Outono representa um reforço importante para colmatar as perdas sofridas durante o verão, nomeadamente por efeito da predação, e assegurar que grande parte das perdizes objeto do repovoamento realizado no início do Verão consigam sobreviver à época de caça, por forma a poderem iniciar um novo ciclo de acasalamento e nidificação, que acontece durante o Inverno e a Primavera.

A Perdiz Vermelha é uma espécie que necessita de atenção e cuidados especiais no seu repovoamento.

Assim, é essencial procurar um criador com experiência neste tipo de repovoamentos, que seja capaz de delinear uma estratégia eficaz por forma a minimizar o número de futuras perdas, e assim, maximizar o número de efetivos de perdiz vermelha a longo prazo.

O habitat tem um grande impacto na sobrevivência desta espécie, sendo que os predadores são a causa de cerca de 50% das mortes destas aves.

Repovoamento no Outono

Durante o Outono, é importante fazer um ou mais reforços do repovoamento de perdiz vermelha por diversas razões: A primeira, desde logo, porque durante o Verão os predadores estiveram mais ativos e as perdizes passaram por um momento vulnerável com o nascimento dos perdigotos; A segunda, propiciar as condições para que as perdizes colocadas no terreno, no Verão, consigam sobreviver à época de caça por forma a, como já dissemos, poderem iniciar um novo ciclo de reprodução. Perguntarão como? E porquê?

Nós atrevemo-nos a dizer que as perdizes colocadas no terreno, no Outono, vão desviar a atenção dos caçadores das mais velhas – objeto do repovoamento de Verão – dando-lhes assim maiores probabilidades de sobrevivência.

Por outro lado, partimos do princípio que as perdizes colocadas no terreno, no início do Verão, por serem mais velhas, atingirão o Inverno com uma maturidade sexual superior àquelas que foram largadas no Outono.

Esta estação também é caracterizada pela existência de bandos de perdizes, que podem atingir, no limite, 25 a 30 efetivos.

Resumindo, o repovoamento durante o Outono é essencial para equilibrar as perdas sofridas durante o verão e promover a sustentabilidade das perdizes no longo prazo.

Como preparar um Repovoamento Bem-Sucedido

Para realizar um repovoamento bem-sucedido a qualidade das aves que vão ser largadas é tão importante como a preparação prévia do terreno que irá ser o seu futuro habitat.

Um bom repovoamento de perdiz vermelha deve ser feito por um criador capaz de oferecer:

  • Uma correta avaliação do terreno;
  • Procedimentos de limpeza do terreno;
  • Ajuda na escolha dos melhores locais para servirem de pontos de solta considerando o abrigo, a alimentação e a água;
  • Condições de criação que permitam uma adaptação mais fácil das aves;
  • Perdizes preparadas para melhor sobreviver, entre outros, aos predadores;
  • Perdizes com a idade desejada para o objetivo pretendido;
  • Uma estratégia de repovoamento a longo prazo.

Estes são apenas alguns dos aspectos chave que um criador deve dominar para obter resultados positivos em qualquer ação de repovoamento.

Os repovoamentos realizados pela Quinta dos Penedinhos

Com mais de 10 anos de experiência, a Quinta dos Penedinhos tem sido capaz de dar uma resposta positiva aos diversos pedidos dos seus clientes.

Para garantir a qualidade e a satisfação nos repovoamentos, trabalha diretamente com os clientes, no desenvolvimento das melhores estratégias que promovam um repovoamento eficaz, sustentável e capaz de crescer ao longo dos anos.

Por serem criadas em cativeiro, existe uma preocupação especial em combater as debilidades que as perdizes possam apresentar, através de uma simulação e preparação, para que consigam superar os obstáculos que se lhes depararem no seu novo habitat e apresentar, ao mesmo tempo, um bom desafio para os caçadores mais exigentes.

Se procura perdizes de qualidade e um criador experiente, contacte a Quinta dos Penedinhos. 

Estamos ao seu dispor para atender qualquer pedido e oferecer a ajuda que procura. Os nossos clientes são o testemunho vivo do serviço de excelência que a Quinta oferece.

Repovoamento de Verão da Perdiz Vermelha

A Perdiz Vermelha é uma espécie bastante vulnerável, afetada por inúmeros fatores que limitam a sua presença nos locais habituais, sendo necessário recorrer ao repovoamento.

Assim como outras épocas do ano, o verão apresenta características que influenciam o processo.

Ainda assim, as estratégias a utilizar para fazer o repovoamento da Perdiz Vermelha devem ser cuidadosamente pensadas e delineadas entre o produtor e o cliente.

Que razões existem para o Repovoamento?

A grande razão prende-se com o facto de as Perdizes Vermelhas serem afetadas por vários fatores de pressão que condicionam a sua vida. São eles:

  • Caça;
  • Substituição de sementeiras de cereais, como o trigo, por áreas de olival ou vinha, por exemplo;
  • Utilização massiva de inseticidas e pesticidas que contaminam as águas;
  • Agricultura intensiva com colheitas cada vez mais cedo;
  • Alterações climáticas, com secas mais frequentes que levam à falta de água na natureza;
  • Abandono da pequena agricultura, que conduz ao crescimento descontrolado de mato;
  • Proliferação de predadores (javalis, ginetes, cães vadios, entre outros).

Porquê fazer o Repovoamento no Verão?

A todos estes fatores de risco para a Perdiz Vermelha aliam-se outros específicos da época do verão que comprometem a população da espécie, levando à necessidade de repovoamento.

É nesta altura que ocorre o nascimento das crias, além de se desfazerem os bandos criados no inverno (que chegam a ter 20 elementos) e de se formarem grupos de fêmeas com a respetiva criação.

Tudo isto significa que, no verão, estas aves encontram-se mais desprotegidas e isoladas, o que aumenta o risco de serem atacadas por predadores animais.

O processo deve ser realizado a 3 tempos (inverno, verão e outono).

Contudo, realizar este processo no verão, libertando perdigotos de idade adequada, traz uma vantagem: por altura da abertura da época de caça (em outubro) os perdigotos libertados já serão adultos e estarão completamente adaptados ao terreno, comportando-se como se tivessem nascido e crescido no campo.

Repovoamento da Perdiz Vermelha no Verão

Como fazer o Repovoamento nesta época do ano?

Para conseguir realizar um repovoamento eficaz das Perdizes Vermelhas é necessário garantir a sobrevivência das fêmeas durante o primeiro ano, idealmente até à segunda época de acasalamento.

Existem várias estratégias a adotar – na grande maioria, a responsabilidade de uma correta utilização dessas estratégias é de quem produz e cria as aves.

O objetivo de qualquer ação de repovoamento é o de procurar criar condições naturais propícias a uma plena integração das aves criadas em cativeiro no seu novo habitat.

Mas como o conseguir? Através das seguintes medidas:

  • Abrigo: mato controlado nas áreas das searas ou próximo dos comedouros;
  • Alimentação: natural, tanto quanto possível, ou rede de comedouros estrategicamente localizados;
  • Água: presente em charcas, rios ou ribeiras, por exemplo, ou através de bebedouros, desde que seja água de qualidade;
  • Ausência de perturbação: minimizar a presença humana, desmatação controlada e controlo de predadores;
  • Animais: qualidade das perdizes a soltar no terreno.

Se todas estas condições forem asseguradas, é apenas necessário realizar a operação de solta, isto é, libertar as aves.

Procura um produtor especialista em Repovoamento?

Esta espécie, por norma, adapta-se mal a alterações impostas no seu habitat.

Por isso, para minimizar estes efeitos, é importante recorrer a um especialista, que prepara e analisa estratégias que garantem um repovoamento de Perdizes Vermelhas bem-sucedido.

Sendo um dos maiores produtores a nível nacional, a Quinta dos Penedinhos tem todas as condições e técnicas para ajudar no processo.

A Importância do Repovoamento de Inverno de Perdiz Vermelha

Noutro artigo defendemos o horizonte temporal de médio/longo prazo e um plano anual de repovoamento a três tempos – Inverno, verão e outono – como condições de sucesso, entre outras, para qualquer ação de repovoamento de Perdiz Vermelha.

Neste artigo vamos explicar porque é que, em nossa opinião, deve ser dada especial atenção ao repovoamento de inverno e como o mesmo deve ser feito?

Fatores de Risco para a População de Perdiz Vermelha

Pelas suas características, como o voo a média altura ou o som característico que emite no arranque, a Perdiz Vermelha é uma das aves de caça mais procuradas pelos praticantes desta atividade.

Contudo, a perdiz vermelha tem de sobreviver a inúmeros desafios durante o seu ciclo de vida.

Devido a inúmeros fatores, nomeadamente à agricultura moderna (intensiva) e à proliferação crescente do mato com o consequente aumento dos predadores, tem-se verificado uma diminuição significativa da população desta espécie cinegética um pouco por toda a Europa.

Damos um exemplo: Quem não se lembra dos tempos em que as searas de trigo eram ceifadas à mão e em que as mulheres e os homens desses ranchos ao encontrar um ninho de perdiz protegiam o mesmo deixando intacta a ceara em torno do ninho? Hoje em dia, qual é a máquina ceifeira-debulhadora que consegue “ver” um ninho e se permite passar ao lado do mesmo?

Para além disso, estimamos que as mortes por predação – aérea e terrestre – se situam em aprox. 85% da população de perdiz vermelha residente, sem esquecer a pressão da própria caça.

A Perdiz Vermelha apresenta, por sua vez, uma fraca capacidade de adaptação às alterações do seu habitat impostas pelo Homem, sendo por isso, muito importante o recurso a criadores experientes no trabalho de repovoamento, capazes de contrariar, a redução da população de perdiz vermelha no terreno.

O repovoamento da perdiz vermelha é, atualmente, essencial para garantir o constante fluxo da espécie em zonas de caça.

É, portanto, essencial procurar estratégias que promovam o bem-estar desta ave, estimulem a sua reprodução e ofereçam proteção contra os predadores.

Comportamento da Perdiz Vermelha durante a Época de Reprodução

A Perdiz Vermelha é uma espécie que, durante o período de verão e outono, é frequentemente vista em bandos, que podem chegar a ser constituído por mais de 20 indivíduos.

Estes bandos acabam por desfazer-se naturalmente no início do inverno (dezembro/janeiro), para darem início ao processo de acasalamento e reprodução.

O acasalamento da perdiz varia consoante a região em que se encontra. No norte acontece entre Fevereiro e Março. No sul é mais cedo, entre Janeiro e Fevereiro.

Também as condições meteorológicas podem influenciar este processo, já que a perdiz constrói o seu ninho no solo, junto a linhas de água ou de percursos pedonais, com plantas e ramos secos.

Também a postura dos ovos ocorre em períodos diferentes, dependendo da localização desta ave. No norte decorre entre Abril e Maio. No sul, ocorre entre Março e Abril.

Em relação ao número de ovos colocados em cada ninho, estes podem ir dos 8 aos 23. A média é de 12 por incubação. Este processo começa assim que é posto o último ovo e dura à volta de 23 dias. Por vezes, a perdiz constrói um segundo ninho que pode ser incubado pelo macho. Isto costuma acontecer quando o primeiro ninho é destruído.

Entre Maio e Junho dá-se a eclosão das crias. Os perdigotos, como são uma espécie nidífuga, saem do ninho assim que nascem e juntam-se ao bando, que se mantém unido até entrar novamente na fase de acasalamento.

Como deve ser feito o repovoamento?

Perante a degradação sistemática do seu habitat natural, a perdiz vermelha tem vindo a apresentar uma degradação progressiva do seu índice reprodutivo.

Para contrariar esta situação, torna-se essencial dominar técnicas para aumentar a sua sobrevivência e garantir a qualidade das mesmas.

Algumas das principais medidas para se fazer um repovoamento eficaz de Perdiz Vermelha no inverno, são:

  • Adotar estratégias no terreno que assegurem a sobrevivência da perdiz;
  • Soltar aves com maturidade sexual, entre outros, que garantam o acasalamento e a nidificação;
  • Estudar as zonas objeto de repovoamento e libertar as aves nas áreas mais adequadas e de menor risco de predação;
  • Melhorar o seu habitat, fornecendo abrigos (manutenção das sebes e arbustos) e zonas de alimentação suplementar (comedouros);
  • Fazer o repovoamento preferencialmente em fins de dezembro.

Produtores com grande experiência criaram modelos capazes de garantir o sucesso do repovoamento da Perdiz Vermelha.

A Quinta dos Penedinhos desenvolveu o modelo Mosaico Estratégico, que abrange os 5 principais fatores de sucesso no repovoamento desta espécie: Abrigo, Água, Alimentação, Ausência de Perturbação e Animais.

A Perdiz Vermelha da Quinta dos Penedinhos

Com efeito, a Quinta dos Penedinhos consegue oferecer aos seus clientes perdizes com a idade e demais características necessárias para garantirem os resultados desejados ao longo de todo o período de reprodução.

Se ficou com interesse, fale connosco. Na Quinta dos Penedinhos, estamos sempre disponíveis para esclarecer qualquer questão.

Criamos Perdizes Vermelhas para os caçadores mais exigentes

A Perdiz Vermelha é uma das espécies de caça menor mais apreciada em Portugal.

Mas esta ave, sendo muito suscetível às condições do seu meio ambiente, precisa, por isso, de uma atenção especial no momento da sua criação e durante o próprio processo de repovoamento.

Só assim é possível aumentar a capacidade de sobrevivência da espécie e promover, desde logo, a sua integração num novo habitat.

A escolha de um criador experiente e capaz de utilizar as melhores técnicas baseadas no conhecimento adquirido é assim essencial para um repovoamento de sucesso.

A Perdiz Vermelha da Quinta dos Penedinhos

Fruto da qualidade das suas perdizes, a Quinta dos Penedinhos conquistou já um lugar de destaque no sector, afirmando-se como um dos criadores de referência de Perdiz Vermelha no nosso país.

As modernas instalações, os conhecimentos e a experiência adquiridos, bem como o desenvolvimento e a utilização de técnicas inovadoras ao longo dos anos, permitiram-nos fornecer aos nossos clientes perdizes com as seguintes características:

  • Robustez física notória;
  • Plumagem bonita e bem colorida;
  • Voos bem delineados e extensos;
  • Arranque poderoso;
  • Capacidade de sobrevivência aos predadores;
  • Adaptação às condições do novo habitat.

A nossa Perdiz apresenta, sobretudo, um bom desafio para os caçadores mais exigentes e experientes:

  • Escondendo-se com frequência;
  • Não se deixando aproximar, levantando-se muitas vezes fora do alcance do tiro;
  • Capazes de realizar excelentes voos, tanto em altura, como em comprimento;
  • Mas também fazendo boas paragens aos cães.

Características de um Bom Criador

Como já referimos, a competência do criador, em particular no caso da Perdiz Vermelha, é essencial para que o resultado final vá ao encontro das expectativas dos caçadores.

Por esse motivo, a Quinta dos Penedinhos desenvolveu um conjunto de serviços capazes de proporcionar um apoio aos seus clientes, que vai muito para além do simples fornecimento da espécie Perdiz Vermelha.

1. Consultoria estratégica

Procuramos perceber as necessidades próprias dos nossos clientes, através da análise do terreno a ser repovoado e de um planeamento estratégico que permita assegurar um repovoamento eficaz a médio/longo prazo.

2. Consultoria operacional: Modelo próprio “Os 5 A’s”

Com mais de 10 anos de experiência, a Quinta dos Penedinhos desenvolveu o seu próprio modelo, designado Mosaico Estratégico, abrangendo os cinco principais fatores para um repovoamento de sucesso: Abrigo, Água, Alimentação, Animais e Ausência de Perturbação.

3. Oferta de perdizes com garantias de adaptação ao meio ambiente, acasalamento e nidificação

Para um repovoamento bem-sucedido de Perdiz Vermelha é muito importante que estas consigam: sobreviver e procriar.

Localizados em plena Reserva Ecológica Nacional e graças ao moderno centro cinegético, com ca. de 1.000 m2 de área coberta e parques de voo com 140 metros de comprimento, estão criadas as condições ideais para a produção de perdizes preparadas para enfrentar os novos habitats e se reproduzirem, de forma a assegurar a continuidade da espécie a longo prazo.

Criação da Perdiz Vermelha num ambiente controlado

A criação desta espécie num ambiente controlado pode fazer com que as perdizes apresentem algumas debilidades no momento em que tiverem de enfrentar o novo habitat natural.

Neste sentido, a Quinta dos Penedinhos procura mimetizar o habitat natural da perdiz, de modo a preparar as suas perdizes para a futura realidade.

Por este motivo, uma das principais vantagens apontadas pelos nossos clientes é o facto das nossa perdizes mostrarem, desde a primeira hora, uma capacidade de adaptação ao terreno excecional.

Se ficou com interesse, fale connosco. Estamos disponíveis para atender os seus pedidos.

Para quando a Abertura dos Campos de Tiro?

Por força da pandemia da COVID-19 decretada pela OMS e do Estado de Emergência decretado pelo governo português, foram os campos de tiro encerrados a partir de 15 de março de 2020.

O encerramento dos campos de tiro, nomeadamente as zonas de caça associativas, municipais e turísticas, veio prejudicar de uma forma geral todas as empresas gestoras dos referidos campos de tiro, bem como todas as empresas a montante do referido setor, nomeadamente as empresas de criação de perdizes e outras espécies de caça menor destinadas ao repovoamento das zonas de caça acima indicadas.

A empresa, tal como outras do mesmo setor de atividade, viu-se penalizada a partir de 15 março 2020 da seguinte forma:

  1. Impossibilitada de vender as perdizes em stock aos campos de tiro;
  2. Obrigada a manter os seus postos de trabalho; sem possibilidade de recorrer ao lay-off por força das condições específicas da sua atividade como a seguir explicamos;
  3. Obrigada a cumprir as suas obrigações com diversos fornecedores de rações, medicamentos, higiene e limpeza, gás, contabilidade, etc., porque a postura de ovos não pára, tal como o nascimento e o crescimento dos perdigotos.

Relativamente às especificidades da atividade de criação de perdizes e outras espécies de caça menor, importa realçar os seguintes aspetos:

  • As empresas possuem, de uma maneira geral, efetivos reprodutores que precisam de ser cuidados durante todo o ano;
  • A postura das perdizes ocorre de forma sazonal entre janeiro e julho de cada ano impondo, desde logo, a recolha, a limpeza e a desinfecção dos ovos; alguns criadores efectuam ainda o registo dos ovos no âmbito de uma gestão técnica, como é o nosso caso;
  • O nascimento dos perdigotos costuma ocorrer, de uma maneira geral, entre março e agosto de cada ano, exigindo às empresas uma taxa de ocupação da mão-de-obra crescente no acompanhamento e cuidado das aves desde o seu nascimento até à fase adulta.

Destas especificidades resulta que, pelo facto da atividade comercial estar parada, o trabalho que é exigido aos criadores de perdiz vermelha e outras espécies de caça menor, nesta época do ano, apresenta um ritmo crescente pelas razões operacionais acima indicadas.

Ora, perante este quadro pouco ou nada animador, temos vindo a desenvolver esforços junto de diversas entidades actuando próximo do Ministério da Agricultura (ICNF) e do Ministério da Economia, no sentido dos campos de tiro poderem vir a integrar a lista de actividades económicas objecto do levantamento parcial de condicionantes, com efeitos já a partir do início de maio 2020.

No nosso entender, o ato de caçar é um ato isolado (livre do risco de infecção ou contágio) e, sendo um desporto, apresenta benefícios para a saúde física e mental do caçador, não só pelo exercício físico em pleno campo que lhe é exigido, mas ainda pela interacção com os seus animais de estimação, i.e. os cães de caça.

Contudo, o que deverá ser regulado é o ajuntamento de caçadores antes e depois do acto venatório e, bem assim, durante a organização de largadas. Neste contexto importa assegurar o distanciamento social e/ou o uso obrigatório de máscaras de protecção individual.

Como deve ser feito o Repovoamento da Perdiz Vermelha?

Pelas suas características, como o voo a média altura ou o som característico que emite no arranque, a Perdiz Vermelha é uma das aves de caça mais procuradas pelos praticantes desta atividade.

No entanto, devido a múltiplos fatores, nomeadamente a agricultura moderna (intensiva) e o abandono progressivo da pequena agricultura com a proliferação crescente do mato e o consequente aumento dos predadores, bem como a luta constante contra pragas de insetos conduzindo à natural contaminação dos solos e das águas por pesticidas e inseticidas, tem-se assistido a um decréscimo do número de aves desta espécie um pouco por toda a Europa. A Perdiz Vermelha apresenta, por outro lado, uma fraca capacidade de adaptação às alterações do seu habitat impostas pelo Homem, sendo por isso, cada vez mais importante o recurso a criadores de perdiz de qualidade e com experiência no trabalho de repovoamento, capazes de contrariar a redução da população de perdiz vermelha no terreno.

O repovoamento da perdiz vermelha é, atualmente, essencial para garantir o constante fluxo da espécie em zonas de caça.

Importância de uma eficaz ação de Repovoamento da Perdiz Vermelha

Como já foi dito, a perdiz vermelha tem de sobreviver a inúmeros desafios durante o seu ciclo de vida, sem esquecer a pressão da própria caça. É, portanto, essencial procurar estratégias que promovam o bem-estar desta ave, estimulem a sua reprodução e ofereçam proteção contra os predadores.

Comportamento Gregário da Perdiz Vermelha ao longo do Ano

A Perdiz Vermelha é uma espécie que, durante o período do Verão e do Outono, é frequentemente vista em bandos, que podem chegar a ser constituídos por mais de 20 efectivos.

Estes grupos acabam por ser desfeitos no início do período reprodutivo (janeiro), para darem início ao processo de reprodução (acasalamento).

Durante os meses de janeiro e fevereiro, o macho escolhe o território preparando-se para o defender.

Como fazer o Repovoamento da Perdiz Vermelha?

Perante a degradação sistemática do seu habitat natural pelos motivos acima indicados, a que acresce ainda uma baixa capacidade de adaptação às referidas alterações do seu habitat, a perdiz vermelha tem vindo a apresentar uma degradação progressiva do seu índice reprodutivo.

Por forma a contrariar esta situação, torna-se essencial dominar e possuir capacidade para implementar técnicas que promovam as condições necessárias à sobrevivência da perdiz vermelha e garantam a qualidade das mesmas.

Acreditamos que, para ser eficaz, o repovoamento de perdiz vermelha deve, desde logo, ter uma perspetiva (estratégia) de médio/longo prazo e ser realizado, anualmente, a três tempos:

  • 1º Tempo: Inverno (janeiro)
  • 2º Tempo: Verão (junho)
  • 3º Tempo: Outono (outubro/dezembro)

No 1º Tempo, o Repovoamento (de Inverno) deve ser feito com aves adultas e maturidade sexual propícia a um eficaz acasalamento, nidificação e eclosão de perdigotos a partir de aimo e junho.

No 2º Tempo, o Repovoamento (de Verão) deve ser realizado com perdigotos de idade adequada a formação de bandos próprios ou integração nos bandos já existentes de perdizes nascidas no terreno.

No 3º Tempo, o Repovoamento (de Outono) deve garantir a reposição das perdizes abatidas pelos caçadores; e mais importante, é que as perdizes colocadas nesta altura no terreno, por serem mais vulneráveis aos caçadores, desviem a atenção destes das perdizes objeto do repovoamento de Inverno (incluindo as perdizes já nascidas no terreno) e de Verão, menos vulneráveis e perfeitamente adaptadas e conhecedoras do terreno, comportando-se como autênticas perdizes bravas.

Importa, ainda, salientar que em cada tempo poderão ser usadas diversas técnicas diferentes de libertação das perdizes.

Algumas das principais medidas para se fazer um repovoamento eficaz da Perdiz Vermelha são:

  • Adotar procedimentos que assegurem as melhores condições de sobrevivência das perdizes durante o ano;
  • Melhorar o seu habitat, fornecendo abrigos, zonas de alimentação suplementar, bebedouros, manutenção das sebes e arbustos;
  • Controlar os predadores;
  • Estudar as zonas de repovoamento e libertar as aves nas áreas mais adequadas (p.e. soalheiras);
  • Tomar medidas que garantam o acasalamento, a nidificação e o nascimento dos perdigotos;

Produtores com grande experiência criaram modelos capazes de garantir o sucesso do repovoamento da Perdiz Vermelha.

A Quinta dos Penedinhos desenvolveu o modelo Mosaico Estratégico, que abrange os 5 principais fatores de sucesso no repovoamento desta espécie: Abrigo, Água, Alimentação, Animais e Ausência de Perturbação.

A Perdiz Vermelha da Quinta dos Penedinhos

A Quinta dos Penedinhos está apta a fornecer aos seus clientes, em cada momento, as perdizes com as características mais adequadas aos três tipos de repovoamento acima indicados.

Dispomos, para o efeito, de instalações modernas e utilizamos técnicas inovadoras por forma a dotá-las dos melhores traços fenotípicos da sua raça (Alectoris Rufa), maximizar a sua capacidade de voo e incutir-lhes as melhores características de adaptação ao meio ambiente.

Dispomos, ainda, de um serviço de consultoria e acompanhamento para as ações de repovoamento.

As nossas perdizes são ideais para o repovoamento de zonas de caça, sendo capazes de satisfazer os caçadores mais exigentes e experientes.

Se ficou com interesse, fale connosco. Na Quinta dos Penedinhos, estamos sempre disponíveis para esclarecer qualquer questão.

Nesta época em que o Mundo em geral, e Portugal em particular, sofre os efeitos de uma pandemia devastadora de COVID-19, solicitamos que todos os contactos sejam feitos por mail, telemóvel, videochamada (WhatsApp) ou outros meios de comunicação à distância disponíveis. O nosso Plano de Contingência assim obriga.

Para o bem de todos.

Bem Hajam!